"Cheio o coração de delirantes fantasias
Que eu capitaneio,
Com uma lança de fogo e um cavalo de ar
Viajo através da imensidade."
Que eu capitaneio,
Com uma lança de fogo e um cavalo de ar
Viajo através da imensidade."
Canção de Tom O'Fedlan
Este é o início de uma nova rubrica à qual tenciono dedicar algum espaço aqui. Refere-se ao domínio da literatura fantástica e de ficção científica. Este género alia-se, de algum modo, ao policial e ao sobrenatural, na medida em que todos eles, enquanto estilos e temas literários, têm como pólo de atracção o desconhecido.
No contexto desta temática, há autores que gostaria de homenagear, tais como Júlio Verne, H.G. Wells e, com contornos algo diversos, H.P. Lovecraft. Não só a sua obra, mas também a sua condição humana, os seus percursos de vida e certas facetas, por vezes menos conhecidas, das suas vidas.
O próprio Conan Doyle, enquanto cientista, interessou-se pelo tema de outros mundos. Refiro-me ao seu romance "O Mundo Perdido" e à tentativa de reconstituição, informada cientificamente, de um tempo onde o ambiente do planeta Terra era certamente muito diferente. Um recuo no passado que sendo ficcional, não deixa de ser igualmente uma projecção de um possível futuro, algures na Terra ou noutro qualquer lugar do Universo.
E que dizer dessa criação absolutamente fantástica de Mary Shelley: "Frankenstein"?! No mínimo, única e genial! Uma antecipação do futuro, onde a humanidade possui poderes de manipulação da natureza e da vida para além da morte. O sonho da imortalidade que continua a estimular a mente humana...
Também Edgar Allan Poe, o qual constituiu uma importante referência para Conan Doyle (e para tantos outros!); também ele escreveu um interessantíssimo conto de projecção no futuro: "Um Homem na Lua".
Uma leitura imperdível, é o que considero. Sobretudo para aqueles que são admiradores de Poe.
Eis um pequeno excerto que nos situa no ambiente:
"(...) eu tinha chegado ao ponto exacto em que a atracção do planeta terrestre era substituída pela atracção do satélite. Em resumo: ao ponto em que a gravitação do balão em relação à Terra era menos poderosa que em relação à Lua. É verdade também que saía de um sono profundo, que tinha os sentidos ainda embotados e que me encontrei subitamente na presença de um fenómeno previsto de antemão, mas não naquele momento. (...)"
Aqui fica também uma outra homenagem à fantasia e à imaginação de outros mundos...
(Imagem: "Entre les Époques I" de Sergei Apparin)
No contexto desta temática, há autores que gostaria de homenagear, tais como Júlio Verne, H.G. Wells e, com contornos algo diversos, H.P. Lovecraft. Não só a sua obra, mas também a sua condição humana, os seus percursos de vida e certas facetas, por vezes menos conhecidas, das suas vidas.
O próprio Conan Doyle, enquanto cientista, interessou-se pelo tema de outros mundos. Refiro-me ao seu romance "O Mundo Perdido" e à tentativa de reconstituição, informada cientificamente, de um tempo onde o ambiente do planeta Terra era certamente muito diferente. Um recuo no passado que sendo ficcional, não deixa de ser igualmente uma projecção de um possível futuro, algures na Terra ou noutro qualquer lugar do Universo.
E que dizer dessa criação absolutamente fantástica de Mary Shelley: "Frankenstein"?! No mínimo, única e genial! Uma antecipação do futuro, onde a humanidade possui poderes de manipulação da natureza e da vida para além da morte. O sonho da imortalidade que continua a estimular a mente humana...
Também Edgar Allan Poe, o qual constituiu uma importante referência para Conan Doyle (e para tantos outros!); também ele escreveu um interessantíssimo conto de projecção no futuro: "Um Homem na Lua".
Uma leitura imperdível, é o que considero. Sobretudo para aqueles que são admiradores de Poe.
Eis um pequeno excerto que nos situa no ambiente:
"(...) eu tinha chegado ao ponto exacto em que a atracção do planeta terrestre era substituída pela atracção do satélite. Em resumo: ao ponto em que a gravitação do balão em relação à Terra era menos poderosa que em relação à Lua. É verdade também que saía de um sono profundo, que tinha os sentidos ainda embotados e que me encontrei subitamente na presença de um fenómeno previsto de antemão, mas não naquele momento. (...)"
Aqui fica também uma outra homenagem à fantasia e à imaginação de outros mundos...
(Imagem: "Entre les Époques I" de Sergei Apparin)
11 comentários:
Boa tarde Professora Ana!
Parabens pela iniciativa!
Salve Lovecraft! Um grande escritor que criou mitos, um canone Lovecraftiano, e ainda hoje é desconhecido.
Ando a ler a Colecção de FC da Argonauta, mais de 400 volumes de ficção. É curioso ver os "erros" cometidos, ou por vezes a projecção do autor reflecte-se nos dias de hoje ta e qual.
Por acaso o meu ultimo post tambem é sobre FC/FC-Horror.
Fico à espera do próximo!
Abraço
Mais coisas excelentes, aqui no 221-B!
Bem, como sempre, Excelente!
Beijinhos
«Eureka»... bem merece uma leitura - e quiçá mais que uma bondosa gargalhada... ;)
http://xroads.virginia.edu/~hyper/poe/eureka.html
«Eureka» é meio delirante e com praticamente nenhum valor científico - embora Pöe acreditasse que sim -, mas sempre me fez lembrar uma espécie de cosmogonia moderna.
Dark kiss.
Sempre, sempre muito bem!
A imagem é um encanto, a canção linda e o texto... lindo!
Beijinhos
Bom Natal, Ana Paula.
Fantascienza [algo como "ciência fantástica" ou "do fantástico", que alguns chamam de "maravilhoso", como n'Os Lusíadas ] chamam-lhe os italianos... Esta foi realmente uma inesperada prenda fantástica. Agradeço e retribuo os votos, ao cubo.:)E Boa Consoada, com galáxias de bons auspícios.
Boas Festas e um auspicioso 2008!
Imagina tu a coincidência, que tive uma prenda chamada A Invenção de Leonardo, de Paul J. McAuley, que nos fala de uma Florença-Blade-Runner do Renascimento,onde todos os projectos mecânicos do "Grande Engenheiro" (que preterira a Pintura)estavam construídos e recomendavam-se... Ainda vou no princípio, mas já me cruzei com o Rafaello, o Michelangelo, o Maquiavel (que é o jornalista do caso)e com o morto, que dá o toque policial...:)
Bastas beatitudes e bênçãos no novo Ciclo que se avizinha!
Ana, sucesso atrás de sucesso? Como consegues?
Falas aqui de muitos escritores meus favoritos como é o caso de Verne Lovercraft, Conan Doyle e Allan Poe. Sabias que Verne influenciou-se muito nas obras deste ultimo? Pois é!
Realmente estes escritores fizeram (e ainda fazem) que os leitores viajassem por outros mundos até então inacessíveis. Fez-nos sonhar e por isso aqui vai um agradecimento meu a todos eles e também a ti pelo post;)
bj
Fred
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