sábado, 8 de dezembro de 2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

paranóia



Come enter the world from where I'm coming
It's a hell of a world, this is all inside
It's always growing inside of me
Come enter the world in where I'm falling
It's a hell of a world this is all in silence
It's always growing Inside of me
It's time to be here alone
It's time to be healing all of the hurting
It's fine to be here alone
Living in a crisis of a paranoia
Come realize that this world is slowly falling
I've began to say my words this is all in silence
It's always growing inside of me
Is the blame on you? is the blame on me?
Why don't I stay in my own? Struggling
Filling the hole that's through my life  

It's always been Just lingering
Filling the hole that's through this life
It's time to be here alone
It's time to be healing all of the hurting
It's fine to be here alone
Living in a crisis of a paranoia
I'll stay in my own? Struggling
Filling the hole that's through my life
 It's always been Just lingering
Filling the hole that's through this life
It's always been just lingering
Filling the hole that's through this life
Living in a crisis of a paranoia

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

cartas


Pode por vezes ter-nos acontecido escrevermos a nós próprios. E não me refiro a ficções, tantas vezes sublimes, levadas a cabo por certos escritores do passado: falo de cartas a sério, com selo e carimbo postal. Por vezes até nos aconteceu escrever aos mortos. Não acontece todos os dias, admito, mas pode acontecer. Como também pode suceder os mortos responderem-nos, de uma qualquer maneira que só eles conhecem. Mas aquilo que mais inquieta, e que mina como teimosia de caruncho em mesa velha e não é possível silenciar a não ser como um veneno que nos envenenaria também a nós, é a carta que nunca chegámos a escrever. «Aquela carta». A carta que todos nós pensámos escrever, em certas noites de insónia, e que sempre deixámos para o dia seguinte.
Antonio Tabucchi, Está a fazer-se cada vez mais tarde